terça-feira, 30 de janeiro de 2018

Pedaços de mim #1 - A minha história de amor (1ª parte)

Hoje não vos trago uma receita como de costume. Hoje trago-vos um conto. Real. Talvez este meu regresso traga umas novidades fora do habitual, intercalando assim com os de receitas, isto claro, se vocês gostarem de os ler. E hoje começa logo em grande, com o amor em destaque.

Quem não gosta de uma boa história de amor? Eu gosto. Daquelas reais, por vezes bem dolorosas e cheias de adversidades mas que nos deixam arrepiadas e com desejo de saber mais e mais. Não sei se a minha história de amor, será dessas arrebatadoras, mas para mim é. Para mim é A mais bonita história de amor de todos os tempos. Porque é minha, porque a vivenciei e porque perdura no tempo, pelo menos até hoje. O amanhã, não sei. Ninguém sabe e esta incógnita da vida é o que nos faz continuar a lutar todos os dias lado a lado.

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Conheci-te na adolescência. Reprovaste de ano e calhaste na minha turma. Eu namorava com o teu primo. E tu eras muito namoradeiro. Não te achava piada nenhuma. Achava-te arrogante e cheio de manias. Posso até dizer que te detestava. Mas fomos-nos conhecendo melhor e tornamos-nos amigos. Muito amigos. Estávamos sempre juntos. Dentro e fora da escola. Conversávamos tanto. Sobre tudo e mais alguma coisa. Faltamos a algumas aulas para ir jogar snooker. E tu tinhas o carteiro comprado para as cartas da escola não serem entregues em casa a não ser a ti pessoalmente. Puxaste-me a cadeira e eu caí ao chão numa aula de Geografia e foste expulso. E levaste uma falta disciplinar. E eu tive pena de ti. Mas ri-me. Rimo-nos os dois. Rimo-nos até aos dias de hoje. Eu e o teu primo terminamos. Tu continuaste a ter as tuas amigas coloridas, até que começaste a namorar com uma das minhas melhores amigas. Mas continuávamos amigos. E próximos. Cada vez mais próximos. Ela ficou doente, faltou à escola durante três dias e num desses dias, num intervalo, atrás do bloco C sentados frente a frente no chão, ficamos próximos. Cada vez mais próximos. As nossas cabeças balançavam para a frente e para trás como quem quer uma coisa mas sabe que não a pode ter. Que era errado. O coração acelerado. As mãos suadas. E beijamos-nos. Um beijo demorado e lento. O nosso primeiro beijo. Quente. Proibido. Não podia ser. Éramos só amigos. E chegamos atrasados à aula de Inglês e a professora envergonhou-nos em frente à turma toda. A tua namorada e minha amiga regressou. Mas tu já eras meu. Ela já o sabia e mesmo assim continuou a ser minha amiga, nossa amiga. Os nossos amigos já o sabiam. Mas como é que toda a gente já sabia antes de nós? Transparecíamos assim tanto desejo, cumplicidade e paixão nos nossos olhares? Fomos felizes naquele namoro. Felizes e desprovidos de qualquer responsabilidade, típica da adolescência. Mas aquele 9º ano acabou e com ele acabou a nossa curta história de amor. Disseste que eras novo demais para um namoro à séria e abandonaste-me na central de camionagem. Chorei, chorei muito. Chorei aquele Verão todo. Joguei playstation naquele Verão equivalente à minha vida toda. Fechada no quarto. A minha primeira desilusão amorosa. Seria isto o verdadeiro amor? Será que nunca mais me iria apaixonar na vida? Nunca mais iria sentir o coração a bater descompassado e o rubor na minha cara de vergonha e paixão ao mesmo tempo? Estava despedaçada. Já te disse que passei aquele Verão todo a chorar? (continua...)

2 comentários:

  1. Oh, pá! Adoro histórias de amor! Sou uma romântica incurável! E não é que a tua tem algumas semelhanças com a minha?! Ia... mas não vou contá-la aqui. Na verdade nunca a contei a ninguém! Só a sabe quem a presenciou. De resto guardei sempre para mim. Mas terei muito gosto em contar-ta se porventura quiseres. Quanto à tua, morro de curiosidade para ler os próximos capítulos! Como disse adoro histórias de amor (gosto muito de ler romances), e dá para perceber que a tua foi um verdadeiro romance! Neste momento só posso dizer que o teu amor foi um malandro por te ter deixado a chorar! Estou ansiosa por saber mais! beijinhos

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  2. Olá Joana, antes de mais vou te confessar uma coisa: estou a adorar este blog agora no seu novo formato eclético! e quanto à história, estás a deixar-nos em suspense e mal posso esperar pela cena a seguir à miúda a chorar todo um verão (quem nunca??)! Beijinho, bom fds!

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